sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Tagged Under: ,

Wanessa responde como reagiria se tivesse um filho gay

Share

Impossível falar em divas gays sem falar de Wanessa. Com uma carreira já consolidada como cantora pop de música brasileira, a jovem, que deixou de assinar o sobrenome Camargo nos CDs, também assumiu o público GLS como alvo de sua carreira.
Mudou drasticamente: de visual, de repertório, de atitude. E nada de oportunismo, como algumas más líguas tentaram deduzir – ou induzir. Wanessa sempre teve uma infinidade de fãs homossexuais desde o começo da sua carreira.
Com o single “Falling For You”, assumiu de vez o posto de diva. Wanessa tem uma história um pouco diferente das outras, é claro. Filha de artista, já tinha CDs e DVDs no mercado e um nome de sucesso, mas apostou todas as fichas para a mudança. O que deu certo.
Logo vieram os hits “Sticky Dough” e “Get Loud!” e a diva gay foi aguardada com ansiedade pelo público para sua volta aos palcos depois da gravidez – que aconteceu em agosto.
Com exclusividade, Wanessa conversou com a revista GLAD sobre carreira, futuro e sobre os gays, claro. No bate papo, deixou claro sua proximidade com os LGBTs e respondeu até mesmo à pergunta: “E se seu filho fosse gay?” – pergunta polêmica que já foi feita, inclusive, à cantora Claudia Leitte certa vez e que… Bem, todos os LGBTs acompanharam a resposta na época.
Quando exatamente surgiu o processo de mudança da Wanessa Camargo para Wanessa? Há uma data, um acontecimento que marque essa mudança?
Meu nome sempre será Wanessa Godoi Camargo Buaiz, não houve uma mudança. O sobrenome Camargo tem a sua história, que é linda, mas já há algum tempo tenho assinado Wanessa na capa de meus CDs.
Incomoda vincular seu nome ao nome de Zezé di Camargo, já que ambos têm públicos tão distintos? Em algum momento incomodou? Como fez para mostrar às pessoas que você era a Wanessa?
Nunca me incomodou, muito pelo contrário, tenho o maior orgulho da trajetória vitoriosa do meu pai.
As comparações que no inicio de carreira sempre foram feitas entre você e Sandy te incomodaram? Até que ponto? Como você separa as duas cantoras?
Nunca me incomodei com isso. É natural que as pessoas façam essas comparações. Começamos jovens e somos filhas de cantores sertanejos. O que nos separa são nossos estilos musicais.
A cobrança é maior quando se é filha de famoso ou ajuda a abrir portas?
Ser filho de alguém famoso abre portas, mas para se manter no mercado, você precisa ter talento, se dedicar e acreditar no que faz.
No que exatamente isso mais te ajudou e mais prejudicou?
Ajudou no sentido de as pessoas me receberem bem, mas prejudicou com as cobranças. É natural que isso aconteça.
O seu casamento teve alguma relação com a mudança na sua carreira? Se sim, como? Se não, como seu marido viu e participou desse processo?
Meu marido sempre me ajudou na carreira, me incentiva e trocamos muitas ideias sobre os passos a serem dados.
E a Wanessa mãe, tem mudanças programadas para a carreira ou a mudança foi apenas na vida pessoal?
Ser mãe foi uma das maiores alegrias na minha vida. O José Marcus foi um grande presente de Deus. Sinto-me mais segura depois de sua chegada em nossas vidas.
Quando você vai escolher o repertório para seus CDs, o que mais você leva em conta?
Tenho de me identificar com as músicas. Canto aquilo que acredito.
Por que a preferência pelas músicas em inglês? É uma opção pessoal ou comercial?
A sonoridade da língua inglesa combina perfeitamente com o pop eletrônico.
Por que o foco do público LGBT?
O publico gay sempre acompanhou a minha carreira e sempre prestigiou os meus shows. Eu me identifico com ele e admiro essa liberdade e a luta contra o preconceito.
Como o público LGBT te recebeu? Ainda é da mesma forma hoje?
Sempre fui recebida com muito carinho. Quando me apresento para esse público, existe uma troca de carinho extremamente positiva. Cantamos, dançamos, nos divertimos muito.
Hoje você é a diva dos LGBTs e é mãe. Acostumada a ouvir e ver seus fãs gays, seria mais fácil ou mais difícil lidar com a possibilidade de ter um filho homossexual? Como você encara essa possibilidade?
Encaro da melhor forma possível. As pessoas têm que ser felizes!
Você notava que seu público gay era grande mesmo quando você não estava trabalhando para os LGBTs? Como lidava com isso?
Não faço música para um público específico, faço música para as pessoas cantarem e se divertirem junto comigo. Nunca observei ou discriminei alguém pela sua opção sexual. E essa alegria e liberdade fez com o público LGBT me recebesse tão bem. O público é exigente, de ótimo gosto e adora se divertir. Houve uma grande identificação.
Geralmente as famílias goianas são bem tradicionais. Como conciliou sua entrada para o mundo LGBT com a família?
Meus pais sempre me apoiaram nas minhas decisões, são incríveis.
*Entrevista publicada originalmente na Glad Magazine #3

Fonte: Parou Tudo





0 comentários:

Postar um comentário

CONTATO

Envie sua crítica, sugestões ou elogios.

Nome E-mail * Mensagem *